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"Qual a relação entre a linguagem e a gordofobia?" - Por Ellen Cocino

  • Foto do escritor: Ellen Cocino
    Ellen Cocino
  • 17 de ago. de 2022
  • 1 min de leitura

A linguagem (em toda a sua abrangência, para além da oral) é uma ferramenta poderosa. Ela estrutura a nossa convivência em sociedade e molda a nossa visão de mundo. Justamente por essa importância, é grande a luta para reverter a forma como algumas questões foram naturalizadas ao longo dos anos e para criar outras formas de representação e de acolhimento para a diversidade.

Como vivemos em um sistema gordofóbico, consolidado, principalmente, a partir de meados do século 20, com reforço da indústria de cosméticos, de saúde, da mídia e da arte, muitas vezes não percebemos como as palavras podem ser danosas e reforçar estereótipos. Pensemos sobre tamanhos corporais: que ideias vêm à sua cabeça quando se fala que alguém é gordo e quais aparecem quando se diz que alguém é magro?

Em geral, falar que alguém é gordo é visto como um xingamento pois, socialmente, se instituiu que a magreza é o padrão e, assim sendo, digna de elogios. Normalmente, quando alguém perde peso, costuma-se parabenizá-la, como se isso fosse sinal de força de vontade, de finalmente atingir a “forma ideal”.

Esse tipo de pensamento é totalmente equivocado e gera sofrimento físico e emocional em muitas pessoas. Nossa linguagem pode e deve ser modificada para acolher todos os tamanhos e diversidade humana como um todo, seja de gênero, raça, sexualidade, entre outros. Te convido para refletir sobre como termos que você usa no dia a dia podem ser substituídas por outras mais acolhedoras e inclusivas. A mudança deve começar na gente :)


Ellen Cocino

Nutricionista - CRN 23072

Especializada em Transtornos Alimentares

@nutri.ellencocino



 
 
 

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